Jobs shares "Thoughts on Music"
Enquanto devia estar a descansar para amanhã (digo, hoje) acordar cedo, dedico-me a fazer uma pequena actualização por estas bandas. O trabalho tem sido um inferno salpicado de stress diário e polvilhado com planeamentos deitados para o lixo. Os dias úteis quase não chegam e tem sido raro o dia em que ligo o computador quando chego a casa. Os fins de semana também tem sido tanto computer-free quanto possível, com o devaneio radiofónico a ser gravado aos sábados e o muito apreciado vegetanço familiar a tomar conta dos domingos.
Espero um dia fazer o balanço de toda esta catadupa de eventos, quando estiver devidamente distanciado e emotivamente desligado das repercussões que têm provocado a curto prazo.
Mas, não divagando mais em assuntos pessoais, o que me impulsionou a quebrar este fantástico hiatus de mais de um mês foi a vontade de partilhar a carta que o tio Jobs publicou no site da Apple, intitulada Thoughts on Music.
Nela, Jobs conta-nos como a iTunes Store está presa, neste preciso momento, ao DRM (neste contexto, protecção digital para música comprada online) por imposição das grandes distribuidoras discográficas. Nesta mensagem claramente dirigida para este lado do charco, que tanto tem criticado a dominância da Apple no mercado da música digital, são também apresentados três possíveis caminhos para o futuro do iTunes/iPod/DRM. A última das sugestões é de longe a mais interessante.
Steve Jobs sugere que os europeus pressionem as discográficas a abandonar o DRM de forma que a iTunes Store e as outras lojas de música online possam vender musica sem protecção digital. Como argumento Jobs diz-nos que as mesmas discográficas que o obrigam a usar DRM na sua loja, venderam 10 vezes mais música desprotegida do que protegida durante o ano de 2006. Isto porque os CDs que compramos nas lojas não estão protegidos por DRM. Outro argumento apontado é a potencialidade de inovação e oportunidades de negócio que podem surgir com a abolição do DRM; e todos sabemos que quantos mais estiverem em jogo mais o consumidor final tem a ganhar.
(Excepto quando há deslealdade na concorrência. Mas vá lá, vamos imaginar um mundo prefeito por agora.)
Por um lado, a mensagem de Jobs parece um ataque sarcástico à falta de foco que, na generalidade, a Europa tem em arranjar alvos para combater. Também é um facto que temos aprendido com os melhores! ;) Por outro lado, as vendas da iTunes Store parecem insignificantes face à capacidade de todos os iPod vendidos pela Apple. Calculo que a Apple tenha mais interesse em vender iPods que em vender música (protegida, ou não).
Vamos ver que desenvolvimentos poderá ter.
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